Atualizado em: 28/02/2024 – 09:02:07

Renascimento. Só em 2022, 328 transplantes de órgãos, tecidos e células deram uma segunda chance a diversos pacientes da Santa Casa BH que dependiam diretamente da solidariedade de anônimos. Ao dizerem “sim”, inúmeras famílias que perderam entes queridos permitiram que a vida continuasse em outras pessoas. Foi justamente pensando nisso que a instituição, que conta com o maior hospital transplantador de Minas Gerais, criou, neste ano, uma campanha lançada no Setembro Verde, mês dedicado ao debate sobre a importância da doação de órgãos, e realizou ações de conscientização junto à sociedade. O intuito é que o tema seja abordado ao longo de todo o ano. 

Com o mote “Deixe a vida continuar – Doe órgãos. Salve vidas. Avise a sua família”, a campanha teve como objetivo combater a desinformação sobre o processo de doação e reforçar que é fundamental que as pessoas comuniquem aos seus parentes que são doadores. Segundo o médico intensivista e presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa BH, Lucas Timm, outro intuito era quebrar os tabus que cercam o tema e que precisam ser discutidos diariamente. “Muitos ainda sentem medo, achando, por exemplo, que a morte encefálica pode ser declarada erroneamente ou que não poderão velar o ente querido, ou seja, é um assunto que envolve mitos e a melhor forma de combatê-los é com informação segura e de qualidade, esclarecendo que todo o processo é feito de forma segura e respeitosa com o doador e seus familiares”, diz.

Por isso, a estratégia utilizada pela campanha foi dialogar diretamente com a sociedade. Na última quarta-feira (27), data em que se comemorou especificamente o Dia Nacional da Doação de Órgãos, profissionais do setor de Transplantes e de outras áreas da Alta Complexidade da Santa Casa BH se concentraram em frente ao hospital e em diversos outros pontos da capital mineira para sensibilizar a população sobre a o tema.

“Durante todo o dia, espalhamos informações valiosas, distribuímos botons e convidamos as pessoas a tirarem fotos com uma moldura que tinha a identidade da nossa campanha, incentivando a postarem em suas redes sociais.Tudo isso visando engajar mais pessoas e mostrar o quanto um gesto de amor e solidariedade pode salvar e transformar vidas”, ressalta Timm. Clique aqui e confira como foram as blitz. 

Além das ações de rua, a campanha da Santa Casa BH contou com inserções em rádios, bancas e painéis de led em Belo Horizonte, resultado de uma bonificação de quase R$ 400 mil no total, concedida por veículos de comunicação parceiros da instituição e da causa de doação de órgãos. 

 

Excelência em transplantes 

 

Com a tradição de 50 anos realizando transplantes, a Santa Casa BH Hospital de Alta Complexidade 100% SUS é uma das poucas instituições de Belo Horizonte que possuem o selo Nível A do Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (QUALIDOT), do Ministério da Saúde. A certificação é a qualificação máxima concedida a centros transplantadores e atesta a excelência do serviço. O resultado é calculado com base na análise de indicadores relativos a volume, segurança e qualidade da assistência prestada, reforçando o compromisso da instituição em oferecer saúde de ponta para todos. 

Além disso, o hospital possui nove leitos equipados com High Efficiency Particulate Air (HEPA), um filtro de tecnologia avançada que garante a eliminação de praticamente 100% das impurezas do ar, sendo extremamente importante para a segurança do paciente em tratamento. 

Em 2023, um importante marco da Santa Casa BH foi a realização do centésimo transplante cardíaco. Para conferir a história, clique aqui

 

Como ser um doador? 

 

Segundo o Ministério da Saúde, mais de 40 mil pacientes estão à espera de um órgão no país. Só em Minas Gerais, de acordo com o MG Transplantes, são cerca de 6,5 mil.

Para se tornar um doador e permitir que a vida continue em outras pessoas, o primeiro e mais importante passo é deixar claro esse desejo para a família. No Brasil, a doação ocorre somente com a autorização do parente responsável, após a constatação da morte encefálica, e não é preciso registrar em cartório ou em documentos a intenção de doar os órgãos. Um único doador pode ajudar mais de oito pessoas.

 

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