Atualizado em: 17/12/2025 – 16:12:45

A Santa Casa BH, maior hospital do Brasil em número de internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), lançou nesta quinta-feira (11/12), o Projeto Amigas do Peito, uma iniciativa que promete mudar a forma como milhares de mulheres serão diagnosticadas e tratadas contra o câncer de mama em Minas Gerais. O programa chega para ampliar o acesso, qualificar o diagnóstico e dar mais agilidade ao tratamento de uma das doenças que mais afetam mulheres no país.

O Amigas do Peito nasce com três frentes de atuação que se complementam: a chegada da estereotaxia, tecnologia de ponta que permite realizar biópsias minimamente invasivas com precisão milimétrica; a realização de um mutirão de 100 mamografias para agilizar o rastreamento e reduzir a fila de espera do SUS; e a garantia de sustentabilidade assistencial, por meio do custeio das agulhas específicas utilizadas na mamotomia — insumo de alto custo não financiado pelo SUS e cuja aquisição foi viabilizada com apoio da deputada estadual Carol Caram. 

A cerimônia de apresentação do projeto e inauguração oficial da nova tecnologia aconteceu no Centro de Diagnóstico e Tratamento (CDT) da Santa Casa BH, e contou com a presença do provedor da instituição, Roberto Otto Augusto de Lima, diretores, médicos e demais gestores da Santa Casa BH. O evento também foi prestigiado pela deputada estadual Carol Caram e parlamentares convidados. 

Mutirão de Mamografias 

Uma das primeiras ações do projeto será o mutirão de mamografias, no próximo domingo, dia 14 de dezembro, das 8h às 17h, no CDT da Santa Casa BH. Os exames serão destinados exclusivamente a mulheres encaminhadas pela Secretaria Municipal de Saúde. A mobilização pretende antecipar diagnósticos, reduzir a ansiedade de quem aguarda por exames e priorizar casos suspeitos, que seguirão rapidamente para a biópsia por estereotaxia, quando indicada. 

Para muitas mulheres, essa agilidade representa mais do que um exame: significa a chance real de detectar a doença, no estágio em que ela tem maiores chances de cura. 

Tecnologia que transforma vidas 

A partir deste mês, a Santa Casa BH passa a contar com a tecnologia de mamotomia guiada por estereotaxia, que utiliza coordenadas tridimensionais para localizar lesões profundas ou milimétricas, muitas vezes invisíveis ao toque ou a exames convencionais. O equipamento complementa o mamógrafo adquirido em agosto com recursos do Valora Minas, iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Já a compra do módulo foi viabilizada por recursos remanescentes do Estado e por emenda parlamentar destinada pela deputada Carol Caram. 

Com a nova tecnologia, a biópsia se torna mais precisa, confortável e segura. O procedimento dispensa centro cirúrgico, é feito com anestesia local, oferece recuperação rápida e, em determinados casos, pode até remover completamente pequenas lesões — evitando cirurgias maiores no futuro. 

Para garantir o uso contínuo da estereotaxia em 2026, o hospital conta com o apoio da parlamentar no custeio das agulhas específicas utilizadas na mamotomia — insumo essencial que não é coberto pelo SUS. O investimento garantirá a plena utilização da tecnologia durante o ano que vem, ampliando a segurança das pacientes, reduzindo reoperações e fortalecendo as decisões terapêuticas. 

A deputada Carol Caram afirma que seu mandato está empenhado em buscar soluções para o diagnóstico, o apoio e a cura das mulheres mineiras que enfrentam o câncer de mama. “Idealizei o movimento Rosa em Rede, que irá reunir lideranças de todas as regiões do estado com o objetivo de transformar a vida das mulheres por meio de ações concretas, humanizadas e que realmente impactam na busca pela cura.” 

De acordo com o provedor da Santa Casa BH, Roberto Otto Augusto de Lima, o projeto representa um marco no cuidado às mulheres mineiras: “Cada avanço tecnológico representa esperança. A união de esforços com o Governo de Minas e com o mandato da deputada Carol Caram mostra que o SUS pode ir cada vez mais longe. Estamos ampliando a capacidade de diagnosticar precocemente e oferecendo caminhos mais rápidos e seguros para o tratamento do câncer de mama”, destaca. 

Uma nova forma de diagnosticar 

A mamotomia por estereotaxia é considerada um dos métodos mais precisos da medicina moderna para investigar lesões não palpáveis suspeitas de câncer de mama. Minimamente invasiva e guiada por imagens de alta precisão, a técnica permite o diagnóstico com segurança e pode, em alguns casos, remover completamente a área suspeita. 

A mastologista da Santa Casa BH, Dra. Adriana Cançado, destaca o impacto direto dessa tecnologia na jornada da paciente: “a estereotaxia possibilita localizar com segurança calcificações que muitas vezes são a única manifestação do câncer de mama em seu estágio inicial — fase em que a taxa de sobrevida em cinco anos chega a 90%. A mamotomia permite retirar lesões de até 1,5 cm sem a necessidade de cirurgia aberta, com recuperação mais rápida e melhor resultado estético. Quando o diagnóstico é benigno, a paciente segue apenas em acompanhamento; se for maligno, já podemos encaminhar para o tratamento definitivo, otimizando as decisões terapêuticas e oferecendo mais conforto às pacientes”. 

 

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