Atualizado em: 28/02/2024 – 09:02:07
Você sabia que aves de rapina podem ajudar a manter um hospital livre de infecções? Inovando mais uma vez, a Santa Casa BH utilizou-se de técnicas de falcoaria para evitar que pombos se alastrem pelas dependências do hospital e provoquem doenças como a criptococose, uma micose sistêmica que, dependendo do caso, pode agravar muito o quadro clínico do paciente.
A falcoaria é a arte de criar e treinar falcões e outras aves de rapina para a caça. Como os pombos são classificados como espécimes da fauna silvestre, os mesmos são protegidos pela Lei 9605/98, e não podem ser combatidos com produtos químicos, por meio de processos de dedetização. Mas, atendendo à instrução normativa do IBAMA nº 141/2006, o controle de pombos é permitido, desde que ocorra de forma a não causar maus-tratos e eliminação do animal, e por empresas licenciadas para a atividade.
A Gerente de Hotelaria e Facilities da Santa Casa BH, Kátia Candéa, foi a responsável pela implementação junto com o Coordenador de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Guilherme Assis, e com o apoio do setor de manutenção. Ela conta que o projeto nasceu da necessidade de realizar o controle de infestações seguindo as normas ambientais, e foi muito bem recebido pela diretoria.
“Nossos diretores consideraram uma solução inovadora, visto que somos o primeiro hospital em Minas Gerais a adotar essa prática. Com ela, conseguimos manter um local mais seguro para pacientes e funcionários e respeitamos a natureza”, esclarece Kátia.
Os resultados já começaram a ser percebidos. Em quatro meses de testes, foram capturados mais de 500 pombos vivos e mais de 200 ovos. Funcionários da manutenção relatam que, além da redução de gastos com materiais de limpeza e desinfecção, equipamentos como canos e telas de proteção pararam de ser danificados. Segundo Kátia, a ideia é que o serviço seja renovado para um ano de projeto, para que o controle seja feito de forma ainda mais efetiva.
